Gerard Piqué apoia críticas ao calendário internacional

Zagueiro aposentado repudia novo Mundial de Clubes e diz que organizações deveriam priorizar poucos jogos, para “mais experiências premium e exclusivas”

Gerard Piqué é a mais um a entrar na lista de personalidades que criticam o inchaço do calendário de partidas. O ex-zagueiro do Barcelona desaprovou os formatos da Liga das Nações e do Mundial de Clubes, além de sugerir uma solução para o excesso de jogos: reduzir o número de times nas competições.

— São muitos jogos, e, agora, estamos vendo os jogadores dizerem: ‘Ouçam, nós vamos nos lesionar’. Há sempre jogos a cada três dias, nós não temos tempo para descansar no verão. Eu sugeriria reduzir as partidas. Em vez de 20, por que não fazem campeonatos com 16 equipes? — indagou o ex-jogador no Leaders Week, evento de lideranças esportivas em Londres.

O ex-Barcelona também fez críticas à criação da Liga das Nações, torneio desenvolvido pela Uefa e iniciado em 2018, e ao Mundial de Clubes, que ganha novo formato em 2025. Piqué apontou as duas competições como exemplos que têm como objetivo gerar mais lucro, mas que prejudicam a experiência dos torcedores e dos atletas.

— Eu perguntaria a Uefa: ‘Por que motivo criaram a Liga das Nações, que é uma nova competição complicada de seguir?’. E diria à Fifa: ‘Não façam este Mundial de Clubes que criaram’. Entendo que queiram gerar mais receitas, mas para o bem do futebol acho que poderia ser muito melhor ter menos partidas, mas mais experiências premium e exclusivas. Seria mais fácil entreter o público, e os jogadores teriam menos jogos — concluiu Piqué.

O alto número de confrontos tem sido debate frequente no futebol europeu. Recentemente, Rodri, De Bruyne e Pep Guardiola também se manifestaram contra os excessos de partidas e pediram mudanças às organizações.

Nesta semana, as principais ligas da Europa e a FifPro, sindicato internacional dos jogadores, formularam uma denúncia à Comissão Europeia, acusando a Fifa de abusos no calendário mundial.

Piqué se aposentou do futebol em novembro de 2022. A última camisa que defendeu foi do Barcelona, clube em que começou a carreira nas categorias de base e se tornou ídolo pelos 15 anos no time profissional. Com a seleção da Espanha, conquistou a Eurocopa de 2012 e a Copa do Mundo de 2010.